18 de outubro de 2011

18-10-2011 09:41

Aqui declaro que não tem fronteiras.

Filho da sua pátria e do seu povo,

A mensagem que traz é um grito novo,

Um metro de medir coisas inteiras.

 

Redonda e quente como um grande abraço

De polo a polo, a sua humanidade,

Tendo raízes e localidade,

É um sonho aberto que fugiu do laço

 

Vento da primavera que semeia

Nas montanhas, nos campos e na areia

A mesma lúdica semente,

 

Se parasse de medo no caminho,

Também parava a vela do moinho

Que mói depois o pão de toda a gente.

 

Miguel Torga